Francis Lawrence fala sobre substituir Gary Ross e os desafios de ‘Em Chamas’
22-02-2013 14:39Substitução
Com apenas um ano e meio até à data definida para ”Em Chamas” chegar aos cinemas, Lawrence teve de trabalhar rapidamente E apesar de ter alguns problemas de construção sobre a visão de Ross, juntar-se a uma família de filme já estabelecida foi outra questão.
“Gostei muito do que o Gary fez, mas tenho um estilo diferente do dele”, explicou Lawrence. “Então, foi muito fácil para mim entrar na sala e sentar-me com as pessoas envolvidas no filme e dizer, tipo: ‘Aqui está o que eu gosto no que o Gary fez a que eu me vou agarrar, e aqui está a forma como o faria diferente.’ O mais difícil para mim, honestamente, foi tipo entrar num mundo, e existiam membros da equipa que estiveram no primeiro filme, obviamente um elenco inteiro, todas as pessoas que retornaram que eu herdei. Eu estava nervoso sobre o que eles iriam sentir… Acho que todos, na generalidade, foram realmente graciosos e trabalharam muito no duro e acabou por ser muito divertido trabalhar com eles. Acho que algumas pessoas estavam realmente desapontadas por o Gary não o estar a fazer, e isso tinha menos a ver com a escolha que recaiu sobre mim do que com apenas o Gary a não o fazer. Eles assinaram com o Gary; eles são amigos do Gary; eles gostam do Gary. E eu acho que definitivamente havia alguma tristeza.”
Finnick está melhor do que bem
Quando Lawrence herdou a franquia “Os Jogos da Fome”, ele também herdou a responsabilidade de fazer o casting para o mais antecipado barco de sonho de “Em Chamas”: o tributo do Distrito 4, Finnick Odair. Por um momento, parecia que todos os actores com idade inferior a 35 anos geraram rumores de estar na disputa, mas foi a estrela de “Branca de Neve e o Caçador”, Sam Claflin, que acabaria por empunhar o tridente. Muitos fãs ficaram com pouca certeza sobre a selecção de Claflin, mas Lawrence garantiu que a estrela de 26 anos de idade vai superar as expectativas.
“[Claflin] é muito atlético, o que é óptimo Ele está em grande forma. Ele é muito carismático”, disse Lawrence. “Mas eu também estava a pensar a longo prazo. Existe uma espécie de qualidade estilo carmim nele neste livro. E a longo prazo, ele é realmente uma personagem emocional e muito leal e um personagem que está apaixonado; um personagem que experienciou muita tristeza. E ele foi realmente capaz de atingir isso, além de ser muito charmoso, sexy e bonito como o caraças. ”
Aperfeiçoar Haymitch
Outro item na lista de afazeres de Lawrence foi sentar-se com o actor Woody Harrelson para aperfeiçoar a sua abordagem ao alcoolismo do mentor do Distrito 12, Haymitch Abernathy. Harrelson contou anteriormente ao MTV News que tinha apelado por uma maior embriaguez do que Ross permitiria — algo que, junto com transtorno de stress pós-traumático de de Haymitch , o realizador e o actor tiveram em maior atenção.
“Uma das coisas na qual queríamos mergulhar um pouco mais… é toda a ideia do transtorno por stress pós-traumático (TSPT), e uma das coisas mais importantes para [a autora] Suzanne [Collins] é apenas a ideia das consequências da guerra como uma espécie de espinha dorsal do tema de toda a saga”, disse Lawrence. “Uma das coisas que eu realmente gosto sobre este livro é que começas a ver porque é que o Haymitch é como é, porque é que as pessoas são como são, então ele e eu fizemos uma boa quantidade de trabalho de acordo com isso, em termos de compreensão do TSPT e como trabalhar com alguém com stress pós-traumático. Também começamos a brincar muito com alguma humanidade real em Haymitch, porque ele pode ser muito cínico e sarcástico, às vezes. Mas eu acho que também há um lado mais humano nele, neste filme.”
Problemas da Arena
Apesar de em “Em Chamas” os tributos regressarem à arena, é uma arena de um tipo muito diferente, que colocou os seus próprios problemas para Lawrence.
“As coisas da arena são muito complicadas… só pelo tipo de centro da arena, onde está a cornucópia, e a água e os raios. A praia circular com a selva à sua volta não existe, por isso temos de encaixar tudo”, explicou. “E vocês sabem que, apesar das filmagens no Hawaii parecerem muito divertidas, é muito complicado quando estás na praia com ondas e marés. O nosso set um dia foi lavado pela maré, e depois… filmar na selva, onde há insectos e lama e chuva. Os dias são curtos, de modo que não tens muito tempo, e estás a arrastar câmaras IMAX de 45 kg”.
Corte Final?
Após filmar na Georgia e no Hawaii, a produção de “Em Chamas” terminou em Dezembro Lawrence já começou o longo processo de montar o filme, embora esteja bem longe de o terminar.
“Há sequências que são cortadas”, disse ele. “Ainda estão a faltar algumas coisas que ainda não vi, só porque existem muitas imagens e porque estivemos a trabalhar seis dias por semana foi realmente complicado [para o editor do filme] acompanhar-nos completamente. Existe uma grande quantidade de cortes, mas ainda não me sentei para o assistir do inicio ao fim.”
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